Concluída a visita Ad Limina, com a Missa na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma
Na programação desta sexta-feira, ainda estiveram as visitas aos dicastérios para a Vida e a Família, para o Desenvolvimento Humano Integral e para a Evangelização dos Povos
O quinto e último dia visita Ad Limina Apostolorum, dos bispos do Rio Grande do Sul a Roma, foi marcado por três visitas. Na manhã desta sexta-feira, 06 de maio, o episcopado gaúcho celebrou a Missa na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, onde está o túmulo de São Paulo Apóstolo. A Eucaristia foi presidida pelo arcebispo de Pelotas, Dom Jacinto Bergmann.
Ao longo da manhã desta sexta-feira, a delegação gaúcha visitou os dicastérios para a Vida e a Família, para o Desenvolvimento Humano Integral e para a Evangelização dos Povos. Por ser presidente do Regional Sul 3, o bispo diocesano de Caxias do Sul, Dom José Gislon, coordena as atividades. Em cada visita, no entanto, um bispo faz a apresentação do episcopado gaúcho que contempla 23 pessoas, das quatro arquidioceses e 14 dioceses.
Durante a visita, o grupo participou de reuniões e encontros em diversos Dicastérios, Congregações, Conselhos Pontifícios e Comissões. Os bispos celebraram, em comunhão com toda a Igreja e o Papa Francisco, Missas nas quatro basílicas papais: São Pedro e São João do Latrão e Santa Maria Maior, na segunda, terça e quarta-feira, e São Paulo Fora dos Muros, nesta sexta-feira.
Na quinta-feira, 05 de maio, o episcopado gaúcho teve uma audiência com o Papa Francisco. O Papa pôde escutar um pouco sobre a realidade da Igreja no Rio Grande do Sul, as alegrias e dores do povo de Deus e também falar aos bispos sobre a caminhada eclesial. Pediu também que não esqueçam dos mais pobres e fragilizados.
A partir da Basílica de São Paulo Fora dos Muros, Dom José Gislon exprime sentimento de gratidão pela visita realizada e pela comunhão com os bispos do Rio Grande do Sul, entre si, e com a Igreja como um todo. "Creio que foi um momento marcante em cada realidade, e encerramos recordando toda a caminhada de São Paulo, na Basílica a ele dedicada, celebrando os desafios das nossas Igrejas Particulares em profunda comunhão com Cristo Ressuscitado e com o sucessor de Pedro, o Papa Francisco", pontua.
O que é a visita Ad Limina?
A visita Ad Limina também está relacionada com a apresentação de um relatório sobre a situação da arqui/diocese de cada um. Este material não consiste especificamente em uma prestação de contas, mas muito mais em uma explanação sobre a situação de cada Igreja Local. Este movimento deve ocorrer a cada cinco anos, conforme previsto no Código de Direito Canônico:
Cân 399 – § 1. O Bispo diocesano está obrigado a apresentar de cinco em cinco anos um relatório ao Sumo Pontífice sobre o estado da diocese que lhe está confiada, segundo a forma e o tempo determinados pela Sé Apostólica.
Para isso, o CDC prevê que “o Bispo diocesano vá a Roma no ano em que está obrigado a apresentar o relatório ao Sumo Pontífice […], a fim de venerar os sepulcros dos Bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e apresente-se ao Romano Pontífice” (Cân 400).
A visita Ad Limina é um ato que todo o Bispo cumpre para o bem de sua própria diocese e de toda a Igreja, para favorecer a unidade, a caridade, a solidariedade na fé e no apostolado.
O diálogo fraterno que se estabelece com os vários Dicastérios da Cúria Romana e com o Santo Padre é uma forma de vivenciar a sinodalidade da Igreja, naquele sentido expresso pelo Papa Francisco: “um caminhar juntos, revigorados pela coragem e pelo consolo que vem do Senhor. Caminhamos, olhando-nos nos olhos e ouvindo-nos, com sinceridade, sem esconder as dificuldades, experimentando a beleza de caminhar unidos, para servir”.
Foto: Frei Darlei Zanon