A Diocese de Caxias do Sul se alegra, com a Igreja Católica no mundo inteiro e com as congregações dos padres Missionários de São Carlos Borromeu e das irmãs Missionárias de São Carlos Borromeu – Scalabrinianas, bem como os Leigos Missionários Scalabrinianos. Na manhã do domingo, 09 de outubro, o Papa Francisco presidiu, no Vaticano, a Missa em que o beato João Batista Scalabrini, também chamado de Pai dos Migrantes, foi proclamado santo, ao lado do também beato Artémides Zatti.

Em 1904, em sua única visita ao Brasil, o bispo de Piacenza, Dom João Batista Scalabrini incluiu o Rio Grande do Sul em seus compromissos e conheceu as cidades de Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Porto Alegre, Encantado, Garibaldi, Nova Bassano e Veranópolis. Passou pela região onde crismou muitos jovens.

 

Os padres, irmãs e leigos Carlistas Scalabrinianos na Diocese de Caxias do Sul

“Na Igreja, ninguém é estrangeiro”, é o que diz o lema de Dom Alessandro Ruffinoni, bispo emérito de Caxias do Sul, que é Carlista Scalabriniano e reside no Santuário de Caravaggio. Atualmente, na Diocese de Caxias do Sul, além de Dom Alessandro, a congregação masculina realiza o atendimento pastoral da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Nova Bassano, no Vicariato de Nova Prata.

A Congregação das Missionárias de São Carlos Borromeu – Scalabrinianas tem um belo e importante trabalho voltado ao cuidado com os migrantes, por meio do Centro de Atendimento ao Migrante (CAM), em Caxias do Sul. Em diversas cidades da Diocese, como Caxias do Sul, Farroupilha e Bento Gonçalves, as irmãs atuam também com a educação, por meio das escolas. Na região há também um grupo de leigos e leigas com o carisma Carlista Scalabriniano, que é acompanhado e atua junto às irmãs.

 

Celebrações na Diocese de Caxias do Sul

Para celebrar a canonização de Dom João Batista Scalabrini, diversas celebrações aconteceram na Diocese de Caxias do Sul. No sábado, 08 de outubro, às 17h, na Paróquia São Pelegrino, em Caxias do Sul, foi celebrada a Eucaristia com a presença das Missionárias de São Carlos Borromeu – Scalabrinianas e dos leigos. A programação iniciou com um tríduo realizado ao longo da semana. Em Farroupilha, as redes sociais do Santuário de Caravaggio retransmitiram a Missa realizada na Praça de São Pedro.

Na tarde do domingo, 09 de outubro, foi celebrada Missa em ação de graças pela canonização na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Nova Bassano. Estiveram presentes diversos padres que atuam no Vicariato de Nova Prata e representantes de diversas paróquias da região.

A comunidade bassanense foi uma das primeiras a receber um sacerdote scalabriniano no Rio Grande do Sul: o padre Colbachini, que tornou-se o fundador de Nova Bassano. As Missionárias de São Carlos também marcam a nossa história, com a criação da “escola das irmãs”, que funcionava onde é a Casa Nazaré. Até hoje a Paróquia é atendida por sacerdotes da congregação Scalabriniana.

Scalabrini, em 1904, foi acolhido triunfalmente, com cortejo de cavalarianos, rojões, tiros e foguetes, como era de costume. O pároco da época era padre Antônio Serraglia, que havia concluído a obra de construção da igreja, iniciada por Colbachini, e que pode ser abençoada pelo próprio fundador da congregação.

De acordo com o vigário episcopal do Vicariato de Nova Prata, padre Álvaro Luiz Pinzetta, a canonização é motivo de alegria para a Igreja diocesana e, sobretudo, para a região pastoral. "Nosso Vicariato se alegra, agradecido, pela canonização, de São João Batista Scalabrini. O Papa Francisco ressaltou que o novo santo interpretou a migração como providencial oportunidade humana e espiritual de a Igreja ser o que ela deve ser, comunhão de povos, missionária. E fez um vivo apelo ao mundo a não repelir os migrantes, hoje, ou acolhê-los explorando-os. Scalabrini fez tanto porque os colocou no plano da fé, vendo Cristo neles. Este santo visitou, celebrou e crismou quase cinco mil jovens em nosso Vicariato. Voltando à Itália, falou de nós ao Papa São Pio X, em audiência particular, no dia 03 de fevereiro de 1905. Saudando os padres Armelindo e Zelindo, agradecemos, de algum modo, todos desta família scalabriniana que se fizeram irmãos dos migrantes, aqui e em tantos lugares do mundo", salienta.