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Santuário de Caravaggio
31/01/2022

Santuário de Caravaggio instala monumento chamado Cruz da Compaixão

Novo espaço, que fica aos fundos do Santuário, também reflete sobre as vidas perdidas neste tempo de pandemia.

Santuário de Caravaggio instala monumento chamado Cruz da Compaixão

O Santuário de Caravaggio dispõe de um novo espaço de prece e contemplação, chamado "Cruz da Compaixão". Trata-se de uma cruz de concreto que mede cerca de oito metros de altura, posicionada aos fundos do Santuário. No centro da cruz está um coração vazado. Com a instalação do monumento, o espaço, que já oferecia a sensação de acolhimento e paz, passa a instigar a reflexão do fiel: o crucifixo representa a caminhada do cristão. 

“Viemos do pó e, à medida que evoluímos como seres cristãos, vamos galgando a escada de Jacó rumo aos céus e assim crescendo espiritualmente. Isso está representado na forma como o crucifixo se amplia, o qual também representa a Cristo e seu amor por todos nós que está em forma de coração”, explica o artista responsável pela escultura, o arquiteto e artista sacro Cristtiano Fabris. 

De acordo com o reitor do Santuário, padre Gilnei Fronza, o monumento consiste em um círculo com três degraus, três bancos, três pedras de 6 toneladas cada pedra e a cruz.  Aos fundos do Santuário, ele está em uma pequena elevada que lembra o Monte Calvário, lugar da crucificação. Alguns outros elementos são carregados de simbologia: o círculo representa o mundo e a cruz está ao centro: Jesus se faz presente no mundo e, claro, no centro da história. 

Ele explica ainda que as três rochas situadas na base representam o Santo Sepulcro, lugar de sepultamento de Jesus. “O fato da cruz emergir do meio delas representa a ressurreição”, explica o padre.  “A ressurreição é representada pela cruz e o ressuscitado é o mesmo crucificado”, completa. Ao centro da cruz, o coração vazado lembra que o Ressuscitado está no amor, na misericórdia e na compaixão. Onde reina o amor, fraterno amor, Deus ali está. 

É também um monumento que presta homenagem e solidariedade às vítimas da Covid-19 e suas famílias que passam pelo difícil momento de luto e dor, na esperança de dias melhores. “Gostaríamos de fazer do entorno do Santuário um lugar de oração, reflexão e significado. Também se chama ‘Cruz da Compaixão’ para servir como uma espécie de memorial aos mortos pela Covid, em um espaço que propicia o silêncio e a prece por eles”, explica.  

O padre lembra que Jesus não salvou a humanidade por causa do muito sofrimento, mas sim porque amou muito a todos nós. “No amor do crucificado, a dor ganha um sentido não só de aniquilamento, mas de redenção. O sofrimento pelo sofrimento é desumano e não vem de Deus. Viver a nossa cruz de cada dia e se fazer solidário com a cruz dos outros é praticar a ressurreição”, pontua. “A experiência da cruz nos tira da passividade e da indiferença e nos dá força para perseverar”, completa, citando Mt 14,27: ‘Não tenhais medo!’. "No dia do juízo, não seremos julgados por nossas ideias, mas pela compaixão que tivemos”, já lembrou o Papa Francisco.

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