Entre os dias 05 de janeiro e 21 de janeiro de 2025, o seminarista Sergio Viegas Nunes, que está na etapa da Configuração, também chamada de Teologia, esteve realizando sua experiência missionária. O jovem da Diocese de Caxias do Sul participou da 17ª Experiência Missionária para Seminaristas, na Arquidiocese de Santarém, no Pará.

Ele nos dá seu testemunho, confira:

A Igreja é, por natureza, missionária, pois Jesus deixou expressa esta ordem: “Ide pelo mundo inteiro e proclamai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16,15). Portanto, a missão não é consequência, mas é essência - a Igreja é missionária, enviada a todos os povos.

Assim aconteceu comigo dos dias 05 a 21 de janeiro de 2025, quando estive na Arquidiocese de Santarém, no Pará, participando da 17ª Experiência Missionária para Seminaristas, onde tive a oportunidade de conhecer realidades distintas daquela Igreja Local. Na primeira parte desta missão, junto a outros seminaristas, pude visitar e conviver com comunidades da Área Pastoral Nossa Senhora da Glória, presenciando e tocando em corações tão disponíveis para Deus, abertos ao Espírito Santo e desejosos de levar Jesus às casas e famílias residentes naqueles bairros.

Os bairros eram muito carentes de estrutura básica, às vezes ouvíamos dos próprios moradores que se sentiam esquecidos pelo poder público, mas não lhes faltava a fé e a esperança em Deus, que animava a vida diária daquelas pessoas. Era com estes missionários locais, alguns ainda jovens, que partíamos nas manhãs para a missão, batíamos às portas e realizávamos a missão dada por Nosso Senhor; em algumas portas recebíamos um SIM sorridente e cheio de esperança, contudo, em outros momentos recebíamos uma negativa, seja pela falta de tempo ou pela falta de interesse. Mas missão é isto: acolhida e rejeição, sempre acolhendo e rezando por todos.

Depois desta primeira experiência, fomos enviados para outra realidade, na paróquia São Francisco de Assis, uma paróquia grande, mas com muitas realidades eclesiais (celebrações, pastorais, movimentos, grupos, obras). Na paróquia pudemos fazer, durante o dia, a experiência de missão nas casas, também acompanhados pelos jovens missionários locais, que estavam muito empolgados para aprender e, inclusive, ajudaram na evangelização porta a porta. De noite, contribuíamos pregando em Grupos de Oração, dando formações aos ministérios e serviços da paróquia, também participando das celebrações locais, além de ouvirmos e convivermos com as famílias locais.

De fato, estar na missão é fazer a experiência que os apóstolos e discípulos de Nosso Senhor fizeram: anunciar sem medo o amor de Deus e a salvação em Jesus Cristo no poder do Espírito Santo. Foi muito bom ter vivido esta experiência e trago no coração tantas pessoas que conheci lá, tantas vidas que tocamos, mas que também nos tocaram. Tenho a mais absoluta certeza de que Jesus Cristo nos enviou lá pois Ele mesmo queria passar por lá, como diz o Evangelho: “O Senhor designou outros setenta e dois e os enviou, dois a dois, à sua frente, a toda cidade e lugar para onde ele mesmo deveria ir” (cf. Lc 10,1).

Seminarista Sergio Viegas Nunes